Investimento anjo sem mitos

Uma das frases que mais costumo ouvir quando sou abordada é “Mas, o que é isso de anjo?”, “O que vocês efetivamente fazem?”.

Investimento anjo sem mitos

Uma das frases que mais costumo ouvir quando sou abordada é “Mas, o que é isso de anjo?”, “O que vocês efetivamente fazem?”.

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Camila Farani

30 de julho • 10 min

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Camila Farani

30 de julho • 10 min

Uma das frases que mais costumo ouvir quando sou abordada é “Mas, o que é isso de anjo?”, “O que vocês efetivamente fazem?”. Quase virou um mito ser investidor anjo, principalmente, porque é uma atividade que vem crescendo no Brasil haja visto que grandes empresas de hoje começaram como startups e, em muitas o papel do anjo foi fundamental.

De acordo com uma pesquisa da associação Anjos do Brasil, a quantidade de investidores anjo no país cresceu 16% em 2017 em relação a 2016. Atualmente, somos aproximadamente 7.615 investidores anjo no Brasil, que aportaram R$ 984 milhões, um volume recorde. E a tendência é de que isso continue crescendo com melhorias na legislação. A Lei Complementar 155/2016, que entrou em vigor em 2017, trouxe maior segurança jurídica para os investidores. Não é à toa que em 2018 surgiram os primeiros unicórnios brasileiros, como 99, iFood, PagSeguro e Nubank. Estamos vivendo um momento muito promissor e de confiança no cenário de inovação brasileiro.

A verdade é que o mundo do empreendedorismo é repleto de terminologias únicas. Somente para caráter de curiosidade, o termo “anjo” nasceu nos anos 20 com as peças da Broadway, onde os mecenas dos teatros aportavam capital em montagens de sucesso. Ou seja, o investimento anjo nasceu na Indústria Criativa, bem longe do mundo da tecnologia, como muitos pensam. Interessante não é mesmo? E esse é o primeiro mito que cai: existem os mais diversos tipos de investidores e eles não investem apenas em tecnologia. Uma área que vem crescendo muito é a social. Eu mesma já diversifiquei minha carteira de investimentos em negócios sociais com bastante potencial. Então, primeiramente investidores enxergam números, tração e retorno.

O segundo mito é achar que investidores só aportam em empresas que já faturam milhões. Errado! A função do anjo é investir em negócios seed, ainda em estágio inicial de crescimento. Por outro lado, deixar o discurso apenas “vou fazer” não funciona. É indispensável ter pelo menos um MVP (Mínimo Produto Viável) e comprovar a capacidade de execução e escalabilidade do negócio no mercado. Apresentar números é essencial.

E, por último, é importante frisar que acima de tudo queremos os empreendedores no lugar ondem devem ficar: à frente de suas empresas. E esse é o terceiro mito. Investidores querem contribuir não apenas financeiramente, mas transmitir toda a sua expertise para o negócio e retorno que virá dele. A ideia é somar ao negócio, ou seja, ajudar na expansão. E não o contrário.

Uma pesquisa conduzida pelo MIT e por Harvard concluiu que o investimento anjo é essencial para a evolução das startups, principalmente porque elas tendem a crescer mais rápido, por conta do capital investido, da mentoria direcionada e do networking que seus anjos propiciam. O papel do anjo, portanto, é dar esse estímulo à inovação no mercado. Uma peça fundamental na engrenagem das startups e da economia.

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