Empreendedorismo sem romance

O ambiente nunca esteve tão favorável para o crescimento das startups no Brasil como agora. O acesso à informação, as comunidades de apoio espalhadas pelo país, as aceleradoras e os fundos de investimento tornam o ecossistema cada vez mais forte. Há dois anos, havia cerca de 4 mil empresas ligadas à Associação Brasileira de Startups (ABStartups). Hoje, o número já passa de 6 mil, em clara expansão.

Empreendedorismo sem romance

O ambiente nunca esteve tão favorável para o crescimento das startups no Brasil como agora. O acesso à informação, as comunidades de apoio espalhadas pelo país, as aceleradoras e os fundos de investimento tornam o ecossistema cada vez mais forte. Há dois anos, havia cerca de 4 mil empresas ligadas à Associação Brasileira de Startups (ABStartups). Hoje, o número já passa de 6 mil, em clara expansão.

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Camila Farani

30 de julho • 10 min

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Camila Farani

30 de julho • 10 min

O ambiente nunca esteve tão favorável para o crescimento das startups no Brasil como agora. O acesso à informação, as comunidades de apoio espalhadas pelo país, as aceleradoras e os fundos de investimento tornam o ecossistema cada vez mais forte. Há dois anos, havia cerca de 4 mil empresas ligadas à Associação Brasileira de Startups (ABStartups). Hoje, o número já passa de 6 mil, em clara expansão.

Como investidora-anjo e observadora do setor, o que me desperta atenção hoje não são as condições para florescimento dessas empresas, mas alguns dos motivos pelos quais muitos decidem embarcar nessa jornada. No topo da lista, um dos que mais aparecem é o desejo de ter uma vida glamurosa como empreendedor. Para muitos, ter uma startup é um atalho para fama e dinheiro. Algo como ter uma banda de rock nos anos 1980: muitos achavam que era só ter uma fita demo e chegar nas gravadoras. A maioria dos que chegaram lá trabalhou duro na noite por anos e anos.

No paralelo de hoje, entre aqueles que buscam o glamour, isso se traduz em imaginar a vida de empreendedor, de quando chegará o primeiro milhão, como a TV contará a história quando a startup fizer sucesso… É uma romantização prejudicial do empreendedorismo, que desvia do foco e estabelece as bases do negócio sobre algo ilusório. Não à toa, segundo o instituto Statistic Brain, 50% das startups fracassam nos primeiros quatro anos de operação, em virtude de falta de preparação ou de bases rasas para o negócio.

Como diz Ben Horowitz, no livro O Lado Difícil das Situações Difíceis, quem cria uma empresa sonha em fazer algo inovador, se divertindo e ganhando muito dinheiro. Infelizmente, nenhuma empresa se desenvolve num céu de brigadeiro. É importante lembrar que para levar sua startup adiante, alguns elementos são cruciais. Entre eles, estão fazer protótipos até chegar a um produto viável, validar a aceitação da ideia com usuários reais, testar os canais de atendimento e o contato com clientes e se preparar para apresentações a investidores, só para citar algumas das etapas iniciais. Além de ter uma mentalidade focada no crescimento, claro.

Então, no momento em que o ambiente se mostra muito favorável, é importante entender o que move o seu negócio. Os empreendedores de hoje estão muito mais bem preparados do que há alguns anos, com acesso a algumas das melhores universidades do mundo, estudos, pessoas, ideais e processos – elementos concretos que podem ajudar a embasar sua startup. Se for para empreender, que seja por propósito, não pelo desejo do sucesso. Ele será consequência de um negócio estruturado, que busca resolver um problema e propor soluções não-óbvias. Se a ideia inicial estiver sobre essas bases, será um ótimo começo.

É INVESTIDORA ANJO E PRESIDENTE DA BOUTIQUE DE INVESTIMENTOS G2 CAPITAL

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